Uma experiência realizada com ratos, cujos resultados foram publicados no Bioelectromagnetics, demostrou que a memória destes animais é afectada pelo tipo de onda que os telemóveis utilizam. A investigação consistiu na exposição de um grupo de ratos a radiações de telemóvel, dentro de uma câmara. Estes animais foram depois colocados num circuito que jà conheciam e comprovou-se que tinham maiores dificuldades em voltar a percorrer o caminho do que os do grupo não exposto às radiações. As conclusões do estudo foram criticadas porque a frequência das microondas utilizadas na experiência (2 450 MHz) são diferentes das emitidas pelos telemóveis (850 ou 1 700 MHz).
A comissão de peritos levarà a efeito "a mais cara consulta pública que ja foi feita na Grã-Bretanha sobre a segurança destes aparelhos" e deverá recolher testemunhos de peritos e utilizadores comuns de telemóveis por todo o país.
Algumas organizações, como a Powerwatch, alertam para que "embora os panfletos informativos das companhias fabricantes dêem a entender o contrário, muito pouca pesquisa foi feita sobre o tema: os consumidores são as verdadeiras cobaias".
A Powerwatch tem acusado o comité de protecçao radiológica da Grã-Bretanha (o NRPB) de fechar os olhos ao risco, "subindo os níveis permitidos de exposição à radiação", enquanto nos Estados Unidos centros de pesquisa militar aconselham à redução dos níveis màximos.
O NRPB reagiu anunciando que as citações dos estudos científicos nas quais se basearam estas afirmações eram incorrectos.
O estudo que se vai iniciar agora foi encomendado pelo Ministério da Saúde, pretende ser definitivo, para acabar de vez com a polémica, e incidirá também sobre os eventuais problemas de saúde que advenham da influência das torres emissoras de sinal.
VISÃO 18 de Novembro de 1999